Em 1 de maio de 1829 na Vila de Macejana a duas léguas de Fortaleza, Ceará,

nascia José Martiniano de Alencar. Filho de um padre que mais tarde viria

a ser o presidente do Ceará, e de uma prima Ana Josefina, teve doze irmãos.

Em 1838 muda-se para o Rio de Janeiro com a família, aos 10 entra no

Colégio de Instrução Elementar, onde estuda até os 13 quando vai para

São Paulo para fazer um preparatório para a faculdade de Direito.

Após entrar já há algum tempo na faculdade de Direito do Largo

de São Francisco, cria uma  revista chamada Ensaios Literários

publicada uma vez na semana, que além de Alencar também teve

contribuições de estudantes como Álvares de Azevedo, Bernardo

Guimarães, José Bonifácio, forma-se em 1851, após uma passagem

na faculdade de Olinda. Seu primeiro romance “Os contrabandistas”

foi escrito durante a faculdade, tendo pouca relevância na época.

Trabalhou exercendo a profissão durante 4 anos, após isso, tornou-

-se redator-chefe do Diário do Rio de Janeiro, onde publica Cinco

Minutos, A viuvinha e O Guarani, este último obtendo um grande

sucesso tanto de público quanto de crítica. Em 1859 pública Iracema,

logo após uma viagem ao Ceará, que também obtém um estrondoso

sucesso. Aos 32 anos é eleito deputado do Ceará em 1861, no partido

Conservador, chegando a ser reeleito 4 vezes. Casou-se em 1864 com

Georgina Cóchrane. Ao se eleger ao Senado fez oposição ao imperador

D. Pedro II, chegando a ter seu nome vetado pelo Imperador ao cargo de Senador. Abandona a política algum tempo depois, e dedica-se inteiramente à literatura. Morreu de tuberculose no Rio de Janeiro aos 48 anos, em 1877. Foi um dos autores que mais contribuiu para a construção de uma identidade nacional para o Brasil, chegando a sendo aclamado por Machado de Assis.

​

* Principais Obras:

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-Romance

• Cinco Minutos (1856);

• O Guarani (1857);

• A Viuvinha (1860);

• Lucíola (1862);

• As Minas de Prata (1862-1864-1865);

• Diva (1864);

• Iracema (1865);

• O Gaúcho (1870);

• A Pata da Gazela (1870);

• O Tronco do Ipê (1871);

• Sonhos d'Ouro (1872);

• Til (1872);

• Alfarrábios (1873);

• A Guerra dos Mascate (1873-1874);

• Senhora (1875);

• O Sertanejo (1875);

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-Crítica

• Cartas de Erasmo (1865);

• O Juízo de Deus (1867);

• Cartas Sobre a Confederação dos Tamoios (1856);
   

-Teatro

• Verso e Reverso (1857);

• O Crédito (1857);

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-Crônica

• Ao Correr da Pena (1874);