Você Sabia? | Curiosidades I
- 2AT
- 17 de jul. de 2016
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1. Em 1856, Gonçalves de Magalhães publicou a Confederação dos Tamoios, sob patrocínio do imperador D.Pedro II. Apesar dos setes anos dedicando e trabalhando na obra, foi considerada por José de Alencar tediosa e medíocre, e José de Alencar, na ocasião colaborador do jornal Diário do Rio, fez-lhe implacável crítica. Amigos do autor tentaram remediar o dano. Araújo Porto Alegre, sob pseudônimo “O Amigo do Poeta”, e, o próprio D. Pedro, que assinava “Outro amigo do Poeta”, foram alguns deles. Ninguém, contudo, pôde minorar o peso da crítica alencariana, que, afinal, vinha sob a égide da sensatez, e muitos outros.
2. Nas críticas de José de Alencar a Gonçalves de Magalhães, é possível verificar uma "mini-poética" alencarina sobre o tema do índio, que servirá futuramente para a composição de Iracema (1865).
3. Gonçalves Dias orgulhava-se de trazer em suas veias o sangue das três raças que formaram a etnia brasileira, este era filho de um comerciante português branco e de uma cafuza (mestiça de negro e índio), por isso a maioria de suas obrar apresentavam caráter nacionalista e indianista.
4. A segunda geração do romantismo, conhecida também como ultra-romantismo passou a ser considerada um estilo de vida marcado pelo pessimismo desesperado, gosto pelo mórbido e paisagens tumulares. Os estudantes da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco chegaram a fundar a Sociedade Epicuréia, organização que escandalizava a todos em São Paulo com suas histórias de orgias e cultos a Satã, frequentaram tais encontros dessa sociedade Álvares de Azevedo, Bernardo Guimarães, Aureliano Lessa.
5. A mais alta expressão do lirismo de Fagundes Varela ocorre no poema elegíaco "Cântico do Calvário", que foi feito em homenagem a Emiliano, seu primeiro filho morto. Varela, alcança um grau de lirismo elevadíssimo, conduzindo o leitor para profunda tristeza e inconformidade.
Este texto foi baseado no livro Arte Literária: Brasil e Portugal, de Clenir Bellezi.