CRIME PERFEITO.
Era mais uma sexta- feira comum de novembro, as típicas músicas natalinas já começavam a soar nas rádios enquanto a cidade se preparava para as festas que se aproximava junto com o final do ano, meu dia tinha sido comum como todos os outros desde que cheguei aqui.
Afastar-me de você foi de longe uma coisa fácil de fazer e vir morar em um lugar onde jamais me perguntaria por você me pareceu a melhor opção, seria uma forma de realmente te esquecer e te deixar no passado, continuar minha vida com novos planos já que os antigos incluíam você. A vizinhança não perceberia a falta que você me faz e assim você seria uma parte do meu passado que só eu conhecia.
Ainda consigo lembrar-me daquela noite e de como eu ainda tinha esperança de que o que tinha acontecido não fosse verdade e que estaríamos bem no dia seguinte, mas a noite não terminou dessa maneira, não, você concordou e confessou que não era mais a mim que amava e que iria seguir a vida com o cara que escolheu, que tinha se apaixonado e infelizmente isso aconteceu enquanto estávamos juntos ainda.
Não foi uma das melhores noites da minha vida e ouvir tal declaração realmente me fez sentir como se não houvesse mais vida, não sabia seria possível viver sem você mas resolvi que a vida continuava e eu tinha que tentar. Me mudei e comecei uma vida na qual você não existia mais.
Hoje são vinte e um de novembro, fazem necessariamente doze meses desde de que você me deixou e ao abrir os jornais encontrei a notícia de que encontraram seu corpo enterrado na floresta, o corpo que eu tanto amei, não encontraram pistas de quem poderia ter cometido tal crime, o seu amante ficou como suspeito, e eu guardei a melhor lembrança da ultima vez que nos vimos, a lembrança de quando carreguei pela ultima vez seu corpo nos meus braços.
Peço desculpas pela cova improvisada daquele dia, mas eu segui seu conselho e comecei uma vida aonde você não existe.
